Sony cancela participação na BGS. E agora?
Nada como voltar de feriado com uma notícia que você para, olha e pensa “vish…”. No caso foi o anúncio oficial da Sony que não irá participar da Brasil Game Show 2020. O comunicado foi feito nas redes sociais da empresa, e é uma mensagem bem resumida.
Após uma longa avaliação, a Sony Interactive Entertainment decidiu não participar da Brasil Game Show em 2020. Não vemos a hora de podermos interagir com nossos fãs no Brasil e anunciarmos atividades emocionantes até o final do ano.
— playstation_br (@PlayStation_BR) April 20, 2020
No estado atual de incerteza em relação a grandes eventos (e inúmeras outras coisas também), esse anúncio é um golpe forte na própria realização da BGS. Muito embora até o momento a organização afirme que a intenção é realizar a edição 2020 na data planejada, em outubro. Pelo Twiter um comunicado foi divulgado reafirmando a posição.
— Brasil Game Show (@BrasilGameShow) April 20, 2020
No fim das contas, a situação geral é bastante complexa. A Sony sempre foi uma das principais atrações da feira. Embora sua ausência na E3 antes mesmo da pandemia, ela apostava bastante nos eventos abertos ao público, caso da BGS. Neste ano em especial muito era esperado pelo lançamento do PlayStation 5. Contudo a empresa japonesa admitiu a alguns dias que os planos de marketing para o lançamento do novo console tiveram que ser repensados, embora ainda mantendo a previsão de data para o fim de 2020.
Pelo lado da Brasil Game Show, o problema da realização da feira fica ainda maior. Embora a organização não tenha dito nada, é claro que um evento que reúne centenas de milhares de pessoas com grandes focos de aglomeração não poderia acontecer como se nada estivesse acontecendo. Mesmo que já tenhamos superado a pior fase do contágio, o risco de uma segunda onda de infecções é grande.
Além da situação da doença em si, nesse tabuleiro outras peças também podem mudar os rumos da situação. A Microsoft já deixou claro que vários eventos programados para 2020 serão feitos de forma digital. Nada foi dito especificamente para a Brasil Game Show, mas fica a dúvida no ar. E quanto a Nintendo, que ensaiava uma presença mais significativa na feira nos últimos anos – e que oficialmente não tem nenhum console lançado no Brasil -, vai fazer o que?
Claro que a feira é feita de diversas outras empresas: plataformas de stream, fábricas de periféricos, lojas, publishers, indies, etc. Mas grande parte da força que puxa esse barco sempre foi de Sony e Microsoft (e a Nintendo, quando esteve ativa).
Sinceramente não sei o que pensar. O mundo anda girando mais rápido do que costume e mal podemos bater o martelo de como estará a situação daqui 30 dias, vai saber daqui seis meses. Ao mesmo tempo, pensar em uma BGS sem Sony vai ser um desafio bem grande. Por enquanto, vamos continuar no isolamento, lavando bem as mãos e só saindo de casa em extrema necessidade.