Minhas séries preferidas – Edição 2022

Esse ano foi bem agitado para mim e, tal como uma boa série, teve algumas boas reviravoltas na segunda metade — algo que talvez eu traga aqui futuramente. Mas 2022 também foi um período que consegui me dedicar a assistir séries, algo que eu sempre deixava de lado, não só por tempo, mas as vezes por vontade mesmo. Assisti tanta coisa (para os meus padrões) que deu até para montar um Top 5 do que eu mais gostei!

Meu critério é única e exclusivamente gosto pessoal. Daquelas que quase entraram, The Boys bateu na trave e Anéis de Poder deu uma balançada – gostei muito da produção da Amazon, mas não me pegou do jeito que gostaria. Sem mais delongas, vamos a lista.

5 – Cyberpunk: Mercenários

Cyberpunk 2077, o jogo, chegou em 2020 cheio de problemas que não vem ao caso agora. Essa produção do Studio Trigger traz uma história nova e mesmo que você tenha tido zero contato com o jogo, vale muito a pena conferir os 10 episódios em uma trama que faz um belo trabalho em trazer personagens com carisma, os quais você realmente se importa. A parte técnica é impecável, com certeza um dos animes de destaque do ano.

4 – Stranger Things (4ª Temporada)

Única da lista que não é temporada de estreia, a quarta parte de Stranger Things começa um pouco devagar mas, a partir do momento que pega ritmo, fica enorme. Adorei a importância da música dentro do contexto da série. Minha única reclamação é com um desfecho de um personagem específico que não teve muita utilidade dentro da narrativa, e umas pequenas viradas na reta final que poderiam ser mais ousadas. Ainda assim um grande trabalho.

3 – A Casa do Dragão

Nunca fui fã de Game of Thrones. Assisti a 1ª temporada anos depois do hype mas fui descobrindo tudo que acontecia graças as minhas timelines do Facebook e Twitter. Mesmo assim, resolvi dar uma chance pra A Casa do Dragão e gostei viu. Um bom “Casos de Família” da fantasia, com intrigas, “cidadãos de bem” e tortas de climão em diversos tamanhos. Os pulos temporais da série ajudam os holofotes a ficarem sempre nos grandes acontecimentos. Ansioso pela segunda temporada.

2 – Sandman

Estou notando aqui um padrão: todas as séries baseadas em outras obras (jogos, livros, HQs), nunca tive contato com o material original. Não é intencional, mas é algo a se pensar. Talvez essa falta de referência ajude a apreciar melhor a série, ao menos para mim.

Isso vale para Sandman, que traz o mundo criado pelos quadrinhos da Neil Gaiman de forma mágica. Parte pelo ótimo trabalho de efeitos especiais, mas só isso não seria suficiente. O roteiro é muito bem escrito e todos os arcos da história prendem muito bem o espectador. O episódio do restaurante foi um dos que mais me pegou. Os dois episódios extras me divertiram bastante também.

1- Ruptura

Imagina toda vez que você entra no seu escritório de trabalho, esquece tudo sobre sua vida fora. Do mesmo jeito, sempre que sai do escritório, tudo que aconteceu é apagado da sua memória. Em um primeiro momento pode até parecer mágico, mas quando você pensa bem, é algo extremamente perturbador. Esse é o conceito inicial de Ruptura, uma série que traz diversos questionamentos e momentos pra complicar nossa cabeça.

Imagine um processo que te divide em duas personalidades que não possuem nenhuma comunicação entre si. Que trabalho é esse que exige tanto mistério de seus empregados? Se essa segunda personalidade começar a se distanciar da original, quem de fato seria a verdadeira, se houver uma? Porque grandes corporações exploram tanto a força de trabalho fingindo que se importam? São só alguns pontos que passam.

Com ótimas sacadas e uma onda de mistérios que explodem nossa cabeça um episódio após o outro, Ruptura entrega muito mistério, questões filosóficas da nossa sociedade e explosões de cabeça. O último episódio da primeira temporada é um absurdo de bom.



Bruce

Jornalista, Game Designer e perito na arte das piadas de qualidade questionável. Adora sofrer em soulslike, perder horas em jRPGs e passar a vida no Final Fantasy XIV