Dragon Quest – Sete “spin-offs” para conhecer a franquia
Esse post foi publicado originalmente no dia 24 de julho de 2017 em um projeto que não está mais on-line. Trarei esse e outros textos que estão escondidos no meu portfólio para uma vez mais olharem a luz do dia.
Dragon Quest XI será lançado essa semana no Japão, o primeiro lançamento da série numerada principal após cinco anos. Se descartarmos o décimo capítulo, que é um MMORPG, podemos colocar então oito anos desde Dragon Quest IX: Sentinels of the Starry Skies de 2009, exclusivo de 3DS. Ou, se formos pegar um pouco mais pesado, são 13 anos do último episódio single player para consoles de mesa, Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King, de PlayStation 2. Resumindo, quem é fã da série não vê a hora de poder jogar o novo capítulo da série. Infelizmente, se a tradição for seguida, a versão ocidental de Dragon Quest XI só deve sair em 2018.
Apesar desses intervalos grandes de tempo, não significa que a franquia tenha ficado parada. São frequentes os lançamentos paralelos da série, as vezes focando em personagens específicos de outros jogos, ou então dando roupagens inusitadas para o universo de Dragon Quest. Vale relembrar (ou conhecer) esses jogos que tratam dessa que é uma das franquias mais tradicionais dos JRPGs. E o mais legal é que a maioria dos jogos dessa lista saem do RPG clássico que a série principal adota, então podem ser boas portas de entrada para quem quiser conhecer mais desse mundo.
Dragon Quest Monsters
A mecânica de usar monstros em batalhas não é algo novo em Dragon Quest, foi vista pela primeira vez no quinto episódio, de 1992. Assim, não foi exatamente uma grande surpresa quando surgiu Dragon Warrior Monsters em 1999 para Game Boy Color.
Olhando a premissa básica, capturar e batalhar com monstros, podemos pensar que se trata de uma cópia de Pokémon mas o jogo tem algumas diferenças substanciais, especialmente no que diz respeito à evolução das criaturas. Em Dragon Quest você pode fundir monstros para adquirir níveis e novas habilidades. O funcionamento varia de acordo com o título, mas em essência é isso. As mais recentes iterações de Monsters são a sub-série “Joker”, que estreou no Nintendo DS em 2006 e teve em 2016 o terceiro capítulo lançado, agora para 3DS.
Compare o primeiro jogo (acima) com Dragon Quest Monsters: Joker 3. É meu amigo, o tempo passa…
Torneko’s Great Adventure: Mystery Dungeon
Um dos spin-offs mais famosos de Dragon Quest. Estrelado por Torneko, personagem jogável de Dragon Quest IV (NES), “Torneko no Daiboken: Fushigi no Dungeon” (Torneko’s Great Adventure: Mystery Dungeon) foi lançado em 93 para Super Nintendo. Nele, o comerciante continuava sua jornada em tornar sua loja uma das maiores do mundo. E o que você faz para ter os mais incríveis produtos no seu empreendimento em um mundo medieval? Isso mesmo, sai explorando todos os calabouços possíveis.
Com uma mecânica diferente do padrão de Dragon Quest, o jogo se assemelha a um “roguelike”, pois os calabouços são gerados aleatoriamente a cada vez que os acessamos. Nesse sistema, Torneko deve coletar a maior quantidade de itens e ouro para levá-los a sua loja e fazer o comércio prosperar. O combate também é diferente, em tempo real ao invés do clássico confronto por turnos.
A série teve mais dois lançamentos: Torneko: The Last Hope (PlayStation, 1999), único a ser lançado no ocidente e Dragon Quest Characters: Torneko no Daiboken 3 (PS2, 2002). Neste último, o herói está de férias com a família, problemas acontecem e já sabe né?
Ainda há um quarto jogo da série “Mystery Dungeon”, o próximo da lista, que merece um lugar próprio.
Dragon Quest: Young Yangus and the Mysterious Dungeon
Embalado pelo sucesso de Dragon Quest VIII, Yangus estrelou seu próprio jogo em 2006 também para PlayStation 2. Ao contrário das histórias de Torneko, essa aventura se passa antes do jogo principal do qual se origina, mostrando um jovem Yangus já envolvido na vida de crime e ao meio de bandidos.
O jogo também usa de calabouços gerados aleatoriamente, mas as batalhas usam sistema de turno. Outra alteração em relação aos anteriores é a possibilidade de recrutar e treinar monstros para fazer parte do seu grupo. Curiosidade: Torneko também aparece nesse jogo, como um mestre/responsável de Yangus no começo da trama.
Theatrhythm Dragon Quest
Repita esse nome 3 vezes e sabe o que acontece? Nada, mas não são muitos que irão conseguir falar isso, então talvez você possa se orgulhar um pouco.
Pois bem, a série Theatrhythm nasceu com dois jogos baseados em Final Fantasy lançados em 2012 e 2014 para Nintendo 3DS. O jogo mistura as batalhas clássicas dos jogos, personagens de toda a franquia e apertar de botões no ritmo dos principais temas da franquia. Não é algo que explode cabeças, mas definitivamente é muito divertido.
Assim, em 2015 um terceiro jogo foi lançado também para 3DS, agora no universo de Dragon Quest como tema. A jogabilidade é praticamente a mesma, o que não é ruim. São ao todo 65 músicas que cobrem os jogos de um a dez da série. Infelizmente o game não foi lançado no ocidente mas se você tiver a oportunidade de testá-lo, não pense duas vezes.
Dragon Quest Builders
Eis que alguém, em algum lugar teve a ideia: e se a gente misturasse Dragon Quest com Minecraft? Seja lá quem for, agradeço muito por ter tido essa ideia, pois foi dai que veio “Builders”, lançado em 2016 para PlayStation 4 e Ps Vita.
Como fica claro nos primeiros momentos, Dragon Quest Builders é um jogo de criar coisas. Mas ele está longe de ser um mero clone de Minecraft. Ele recria a fórmula de uma maneira muito interessante. O título apresenta um ótimo modo história que vai guiando o jogador ao longo de diversos locais, apresentando diversos personagens carismáticos e missões paralelas.
Falando na trama, ela está diretamente ligada ao primeiro Dragon Quest, de 1986. Naquele jogo, antes da luta final contra o vilão Dragonlord, ele nos oferece metade do mundo em troca de uma união de forças. No cânone, o herói recusa a oferta, embora fosse possível ao jogador aceitar a proposta (o que resultava no final antecipado do game). O mundo de “Builders” se passa em um universo paralelo onde o herói do primeiro game escolheu se aliar ao Dragonlord, ampliando a era das trevas. Muito bacana isso.
Dragon Quest Heroes: Rocket Slime
É claro que temos que ter jogos estrelados por um slime. Esse especificamente se chama Rocket. O game que destaco aqui é o segundo de uma série de três, que foi lançado para Nintendo DS em 2005.
Após uma invasão em “Boingburg”, cidade dos Slimes, apenas Rocket não foi capturado. Assim, nosso herói encontra um tanque gigante de guerra e vai em busca de seu povo! O game se divide em duas partes: no primeiro momento o jogador busca recursos e ampliar sua tripulação com outros slimes; no segundo momento, pilotando seu tanque gigante, é hora de combater os vilões.
O primeiro e o terceiro jogos da série foram lançados para Game Boy Advance e Nintendo 3DS, respectivamente, e somente no Japão, sob o nome de Slime Morimori Dragon Quest. O último jogo estrelado por Rocket, que troca os tanques por barcos de guerra, tem uma animação de abertura muito simpática, diga-se de passagem.
Dragon Quest Heroes
Uma das adições mais recentes na franquia são os jogos Dragon Quest Heroes, que não possuem nenhuma relação com o “Rocket” do jogo anterior, exceto pelo nome. Os títulos em questão se classificam no gênero “musou”, que são aqueles jogos onde derrotamos hordas de inimigos pelos mapas. Alguns nomes famosos são Dynasty Warriors e Samurai Warriors. No Japão é um estilo bem popular e diversas franquias tem algum jogo desse tipo: Zelda, One Piece, Gundam, etc.
“Heroes” traz uma história original, mas traz diversos personagens de outros jogos da série — algo que é bem comum em “musous”, reunir heróis e vilões de toda uma franquia. Dragon Quest Heroes foi lançado em 2015 para PS3, PS4 e PC. A sequência chegou em 2016 no Japão (PS Vita, PS3, PS4) e em abril agora no ocidente, para PS4 e PC. O Nintendo Switch ganhou também em 2017 uma compilação com os dois jogos.