Meus discos preferidos de 2020
Fim de ano você sabe do que é tempo né? Hora fazer listas!! E 2020 foi um ano com muitos lançamentos incríveis no campo musical. Infelizmente os palcos se esvaziaram e quem não foi em show até março está até agora na vontade. Alias essa era uma coluna que eu queria tornar fixa aqui no Mastermune mas só deu tempo de falar do retorno do Shaman. Mas isso há de melhorar.
Falando sobre novidades, separei oito discos dos meus preferidos de 2020. Não sou técnico tão pouco especialista de música, mas a ideia é compartilhar essas obras, espalhar a palavra do metal! Eles não estão em ordem de preferência, fui listando conforme foram aparecendo na minha cabeça. Mas há algumas menções honrosas que preciso fazer: Apocalyptica – Cell-0, Testament – Titans of Creation, Primal Fear – Metal Commando, Deep Purple – Whoosh! e Pearl Jam – Gigaton. Também tem alguns registros ao vivo que merecem destaque: Metallica – S&M 2 (claro né?), Kamelot – I Am the Empire Live from the 013 e Dee Snider – For the Love of Metal Live. Se quiserem ir a fundo, desde 2016 eu faço playlists só com minhas coisas novas favoritas, confiram aqui nesse link do Spotify. Lembrando que são coisas do meu gosto, com certeza deve ter muita coisa boa por ai que não ouvi.
E agora vamos aos finalistas. Deixe nos comentários o que você achou, mande suas indicações! Let’s Rock!
Nightwish – Human. :||: Nature
Segundo álbum de estúdio com Floor Jansen nos vocais, Human. :||: Nature para mim é uma ótima retomada da banda, apesar de ter lá uns momentos de baixa aqui e lá. Mas no geral as composições são ótimas e afirmar o Nightwish como uma das grandes bandas do cenários atual. É interessante notar que esse novo disco ainda traz elementos que fizeram a banda ser famosa, mas ao mesmo tempo se percebe uma nova cara, com um flerte aqui e ali com o folk por exemplo, com estilos de composição novos em relação ao histórico do grupo. Uma ousadia que mais acerta do que erra.
Minha única ressalva é com a última música, “All the Works of Nature Which Adorn the World” que de fato é uma composição de meia hora dividida em 8 faixas. Não é ruim, mas também não é nada demais. A experimentação máxima de Tuomas Holopainen? Talvez, mas nada que comprometa. Por outro lado, “Music” talvez seja uma das minhas favoritas do ano.
Ozzy Osbourne – Ordinary Man
Fazer uma lista de melhores de 2020 e não colocar Ordinary Man do Ozzy seria, no mínimo, um sacrilégio por 7 gerações. Após uma década desde seu último lançamento solo (Scream), esse novo álbum figura facilmente em uma das gravações mais memoráveis do Madman. E não falo exatamente por uma virtuose técnica ou por ideias genais de composição, mas sim por todo o conjunto que a obra nos traz, com a soma de suas pequenas partes.
Não me entendam mal, todas as músicas são ao menos boas, com destaque para Straight to Hell, Ordinary Man (com participação de Elton John e Slash) e All My Life. Ozzy está cantando bem no alto de seus 71 anos na época da gravação e todos os seus problemas de saúde. Mas o que mais me chamou atenção é o tom melancólico, até como se fosse uma carta de despedida, no qual Ozzy, a sua maneira, fala de seus altos e baixos e seus sentimento ao olhar para trás.
Sepultura – Quadra
Confesso que eu estava meio distante da discografia recente do Sepultura, por mero descuido de minha parte. Não tenho nenhum problema com a nova fase ou qualquer um dos integrantes do grupo. E talvez eu tenha perdido uma baita evolução. Porque o tamanho da paulada que é Quadra não é fácil de descrever. O quarteto Derick Green, Andreas Kisser, Paulo Jr e Eloy Casagrande faz miséria nas 12 músicas.
Minha “quadra” favorita é a inicial, com a sequência Isolation, Means To An End e Last Time que traz o grupo nos seus melhores momentos do Trash Metal pelo qual ficou famoso. Mas o disco não é só isso: há passagens com instrumental mais elaborado e algumas boas ideias. Vale destacar a última música Fear; Pain; Chaos; Suffering que traz participação de Emmily Barreto, vocalista da banda Far From Alaska.
Lovebites – Electric Pentagram
O Lovebites não tem nem cinco anos de estrada mas já deixou um rastro de destruição com um som matador que mistura power metal com toques do metalzão dos anos 80, como Iron Maiden e Judas Priest. Com o terceiro disco, Electric Pentagram, só reafirmam a qualidade da banda. Algo que a cena internacional já vêm fazendo a algum tempo. Além de ganharem o Metal Hammer Golden Gods Award em 2018 como melhor banda nova, já marcaram presença nos principais festivais europeus, como o Wacken Open Air e o Bloodstock Open Air.
Sobre o Electric Pentagram, é uma porrada atrás da outra, não tem nem a clássica baladinha de metal espadinha. Talvez a que mais se aproxime disso é A Frozen Serenade. Mas para chegar com a voadora na nuca, Holy War, When Destinies Align e Signs of Deliverance.
Thundermother – Heat Wave
Procurando algo mais Hard Rock para bater a cabeça e encher a cara? Apresento a vocês o Thundermother. Heat Wave, o quarto álbum do quarteto da Suécia, dá para notar em poucos segundos a vibe AC/DC. Mas nem cogite em pensar que elas são apenas isso. O som traz bastante personalidade e uma marca própria que fará você rapidamente reconhecer quando ouvir alguma música delas.
Unleashed the Archers – Abyss
Uma das minhas descobertas “recentes” que rapidamente subiu nas minhas listas, o Unleashed the Archers é uma excelente banda de power metal do Canadá que trouxe o igualmente bom Abyss. O disco, conceitual, dá continuidade à saga do “Immortal”, protagonista da história que foi iniciada no disco anterior, Apex, de 2017. Após ter servido aos planos da Matriarca, agora ele parte em uma missão para encontrar a verdadeira liberdade.
Além de Faster Than Light, destaco as faixas Abyss. Soulbound e The Wind That Shapes the Land. Na real, todas as 10 canções são ótimas e digo com tranquilidade que o Unleashed the Archers só tende a crescer como um dos principais nomes do power metal no mundo. O clipe farofa eles já tem, pré-requisito essencial para chegar nesse patamar.
AC/DC – Power Up
Depois de seis anos após Rock Your Bust e vários problemas internos, como a saída de Stevie Young e Brian Johnson a própria execução de um novo álbum já seria algo surpreendente. Mas felizmente eles voltaram a voltaram bem! Para nossa felicidade Brian Johnson retomou os vocais enquanto a guitarra base foi assumida por Stevie Young, acompanhados pelo lendário Angus Young na guitarra, Cliff Willians no baixo e Phill Rudd na bateria.
Power Up obviamente é um disco com a cara de sempre do AC/DC, o que nunca foi demérito para eles, ainda assim é um excelente play, que mostra que os “garotos” ainda estão bem afiados no que fazem de melhor. E digo o conjunto da obra desse novo disco soa melhor do que os dois últimos discos. Não sei se, quando os shows voltarem, o AC/DC vai voltar a ativa no ao vivo, mas é bom ver que eles ainda estão chutando forte.
Trivium – What The Dead Men Say
Fui conhecer o Trivium meio “tarde” e este foi o primeiro álbum que eu acompanhei o lançamento. E caramba, que disco foda!! Pelo que já ouvi deles era algo bem nessa linha que eu estava esperando e não sai nem um pouco decepcionado. Nem tenho muito o que escrever porque o disco inteiro é foda! Acho que até pelo tempo que ouvi, pode ser meu disco do ano. Quebra tudo!